Nascido
em 19 de outubro de 1913, Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, conhecido
com Vinicius de Moraes foi um poeta, compositor, diplomata e dramaturgo de
destaque do Brasil.
Filho
de funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva Moraes e da pianista
Lídia da Cruz de Moraes, Vinicius sempre teve interesse pela poesia. Desde
cedo, já colocava em prática seu lado artístico no coro da igreja e em peças
infantis.
Em
1922, ano da Semana da Arte Moderna, já escreve seus primeiros versos e poemas
com apenas nove anos. Aos dezesseis anos ingressa na Faculdade Nacional do Rio
de Janeiro, no curso de Direito. No ano de sua formatura, em 1933, ele publica
seu primeiro poema “O Caminho Para a Distância”.
Em 1943 é aprovado no concurso para Diplomata.
Vai para os Estados Unidos, onde assume o posto de vice-cônsul em Los Angeles.
Escreve o livro "Cinco Elegias". Serviu sucessivamente em Paris, em
1953, em Montevidéu, e novamente em Paris, em 1963. Volta para o Brasil em
1964. É aposentado compulsoriamente em 1968, pelo Ato Institucional Número
Cinco.
Quando retorna ao Brasil, passa a se dedicar à
poesia e música popular brasileira. Faz várias parcerias de sucesso, como por
exemplo, Tom Jobim, Toquinho, João Gilberto, Chico Buarque, entre outros
grandes artistas.
A produção poética de Vinícius passou por duas
fases. A primeira é carregada de misticismo e profundamente cristã, como
expressa em "O Caminho para a Distância" e em "Forma e
Exegese". A segunda fase vai ao encontro do cotidiano, e nela se ressalta
a figura feminina e o amor, como em "Ariana, A Mulher".
Produziu os sonetos mais famosos da Literatura
Brasileira, além de escrever poemas infantis na década de 1970.
Faleceu em 09 de julho de 1980, no Rio de
Janeiro, por problemas de isquemia mental.
Obras de Vinícius de Moraes
O Caminho Para a Distância, poesia,
1933
Forma e Exegese poesia, 1936
Novos Poemas, poesia, 1938
Cinco Elegias, poesia, 1943
Poemas, Sonetos e Baladas, poesia, 1946
Pátria Minha, poesia, 1949
Orfeu da Conceição, teatro, em versos, 1954
Livro de Sonetos, poesia, 1956
Pobre Menina Rica, teatro, comédia musicada, 1962
O Mergulhador, poesia, 1965
Cordélia e O Peregrino, tearo, em versos, 1965
A Arca de Noé, poesia, 1970
Chacina de Barros Filho, teatro, drama
O Dever e o Haver
Para Uma Menina com uma Flor, poesia
Para Viver um Grande Amor, poesia
Ariana, a Mulher, poesia
Antologia Poética
Novos Poemas II
Forma e Exegese poesia, 1936
Novos Poemas, poesia, 1938
Cinco Elegias, poesia, 1943
Poemas, Sonetos e Baladas, poesia, 1946
Pátria Minha, poesia, 1949
Orfeu da Conceição, teatro, em versos, 1954
Livro de Sonetos, poesia, 1956
Pobre Menina Rica, teatro, comédia musicada, 1962
O Mergulhador, poesia, 1965
Cordélia e O Peregrino, tearo, em versos, 1965
A Arca de Noé, poesia, 1970
Chacina de Barros Filho, teatro, drama
O Dever e o Haver
Para Uma Menina com uma Flor, poesia
Para Viver um Grande Amor, poesia
Ariana, a Mulher, poesia
Antologia Poética
Novos Poemas II
Análise
de Uma Obra de Destaque
A Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida.
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
O poema “Rosa de
Hiroshima” escrito por Vinicius, tem forte cunho de protesto contra as
explosões das bombas de Hiroshima e Nagasaki lançadas pelos EUA no final da 2ª Guerra Mundial.
Rosa de Hiroshima tornou-se um grande protesto, em forma de
música, e aborda as consequências, o desastre que as bombas atômicas fizeram em
Hiroshima e Nagasaki, onde em diversas passagens da música fala sobre os
sentimentos em relação à guerra. A bomba é comparada com uma rosa, porque
quando ela explode, parece com uma rosa depois de desabrochar. Uma rosa
normalmente está relacionada com a beleza, no entanto, a rosa de Hiroshima
remete para as horríveis consequências deixadas pela bomba atômica.
Gay
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