Guimarães Rosa

Envolvido no movimento artístico, Guimarães Rosa participa das mudanças do rumo da literatura.

"Propondo uma nova visão social a Semana de Arte Moderna ocorreu  em fevereiro do ano de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo.

A semana ficou marcada pelo novo movimento literário, que foi o Modernismo, este que prega a liberdade na escrita e a expressão lingüística.

Após a Semana, notadamente houveram mudanças nas produções literárias, e mesmo escritores que começaram tardiamente sofreram influências. Como por exemplo o escritor João Guimarães Rosa (1908-1967), mineiro que mesmo começando a escrever a partir de 1936 tinha o Modernismo como base."

"O mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, mas que elas vão sempre mudando."

Guimarães Rosa

João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo (MG) em 27 de junho de 1908 e era o primeiro dos seis filhos de D. Francisca Guimarães Rosa e de Florduardo Pinto Rosa, comerciante.

Em 1925, matricula-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, ainda como estudante começa a escrever, e escreve quatro contos: Caçador de camurças, Chronos Kai Anagke, O mistério de Highmore Hall e Makiné.

Após completar a faculdade, e exercer a carreira por um tempo, ele continua a escrever e participar de concursos literários, na qual ganha alguns, se apaixonando então pela literatura.

Guimarães Rosa ganha destaque na literatura brasileira, principalmente após o lançamento de seu livro “Grande Sertão: Veredas”, feito em homenagem a sua então esposa Aracy de Carvalho.

O livro é caracterizado pela linguagem ousada, em que o escritor recorre ao falar regional, e  recebeu três prêmios nacionais: o Prêmio Machado de Assis, do Instituto Nacional do Livro, em 1961; o Prêmio Carmem Dolores Barbosa, de São Paulo, em 1957; e o Prêmio Paula Brito , do Rio de Janeiro.

Em 1967, João Guimarães Rosa seria indicado para o prêmio Nobel de Literatura, oque não pôde ocorrer, uma vez que o escritor sofreu um infarto e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 19 de novembro do mesmo ano.

A Semana de Arte Moderna foi responsável por libertar a arte brasileira dos padrões europeus, e dar início à uma cultura essencialmente nacional.